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10 de junho de 2009
Quem quer manter a ordem?
Quem quer manter a ordem?
No último artigo apresentei um vídeo para ilustrar a idéia de entender o cidadão como células de uma cidade, como partes que dão vida ao todo. Aquele vídeo (Miniature City, feito por mockmoon) foi gravado na capital japonesa, Tóquio. Depois, revendo o vídeo, já sem toda aquela filosofice descrita ontem, comecei a prestar atenção em pontos práticos. Ao observar algumas cenas nele, tentei primeiro me transportar ao Rio de Janeiro. Tentei imaginar como seriam os cruzamentos cariocas vistos de cima, de longe. Em seguida me lembrei de um vídeo que me enviaram por email há algum tempo. O vídeo é gravado na Índia aparentemente em um dia comum, em um lugar comum.

Antes de assistir esse vídeo, por favor, reveja o vídeo do último artigo. Observe com atenção os movimentos dos veículos nos momentos 1:45 e 2:07 do vídeo. Observe as marcações no chão, tão complexas! Observe como os veículos fluem naturalmente em um cruzamento japonês. Agora assista ao vídeo gravado na Índia. Perceba como a diversidade cultural urbana fica patente na comparação de dois simples cruzamentos viários.


Na Índia, não há indicações na pista. Não há sinal de trânsito naquele cruzamento. Aparentemente, não há definição rígida de mão e contra-mão! No entanto, embora haja um certo grau de conflito, não há confronto! Embora não fique muito clara, há uma ordem. A rua é dos carros, das pessoas, ônibus, motocicletas, caminhões, furgões e daqueles taxis esquisitos. Todos andando lado a lado, um contra o outro, às vezes parece até que através um do outro e todos seguem seu caminho. Som de buzinas, embora constantes, apenas das motos e apenas por uma questão de segurança (utilidade real da buzina), nunca em sinal de protesto, nem quando a coisa parece ter dado um nó.

Em seu blog, Juliana Thapiliyal comenta: "A primeira vez que andamos de carro, taxi ou qualquer meio de transporte na India (exceto metrô e trêm) parece que vamos morrer, que vai acontecer um acidente logo no primeiro quilometro, mas aos poucos percebemos que a desorganização é um pouco organizada e eles se entendem nesse vai e vem louco do transito local." Fica difícil saber se há algum tipo de regra objetiva orientando o trânsito local.

Tanto o caso do cruzamento japonês, quanto o caso do cruzamento indiano parecem impossíveis aos olhos de um carioca. No lado japonês, a ordem é regulamentada pelo homem, com marcações, pistas, tempos pré-determinados para cada manobra. No lado indiano, a ordem é natural, ao acaso. Ordem e desordem parecem mesmo ser uma questão de ponto de vista e de comprometimento com o sistema em questão.

Há as ordens criadas pelos homens, nem sempre racionais. E há certas ordens que simplesmente estão ali, surgiram naturalmente. Estas, na grande maioria dos casos, pouco evidentes e ainda menos racionais. Cabe-nos reconhecer estas ordens e entendê-las, considerá-las em seus contextos, para podermos tirar proveito de cada uma ou até mesmo para questioná-las. P
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