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27 de outubro de 2008
Acabou... e agora?
Acabou... e agora?
As eleições acabaram, já temos um prefeito eleito, e agora? Pergunto a você, cidadão. O seu dever de cidadão não acabou. Você prefere ser um cidadão que elege seus "heróis" e torce para que ele realmente seja um herói? Ou prefere pôr a mão na massa, construir seu próprio destino? Aqui no Rio de Janeiro, vamos ter a oportunidade de por à prova os dois modelos que sugeri no artigo dos "Heróis da democracia".

Se você votou no Gabeira, não pelo que ele prometeu (até porque ele não prometeu muita coisa), mas pelo que ele "representava", aproveite. E se não votou, experimente. Ele propôs uma nova maneira de administrar a cidade. E veja que legal: a nova maneira sequer depende que ele seja eleito! Ele deu um passo em direção à anarquia (anarquia não é bagunça, é uma forma de organizar a sociedade sem a necessidade de uma autoridade estatal, de um governo). Tanto que ao assumir a derrota, ele se dispôs a manter tantas promessas de campanha quanto forem possíveis, mesmo sem ter sido eleito. Ele se colocou no lugar do menino do filme indiano do último artigo. Ele quer ser o catalizador das boas mudanças. Portanto, agora que você demonstrou seu apoio a causa, está na hora de arregaçar as mangas.

Se você é mais favorável à moda antiga de administração, o seu trabalho ainda não acabou. O Globo listou nada menos do que 83 promessas de campanha, que você, sim, VOCÊ tem a obrigação de fiscalizar e cobrar. Eu destaquei apenas 25 delas, para ficar marcado aqui no Peixe o que eu tenho interesse em cobrar (listado por critérios de suposta facilidade de execução e importância):
  • Acabar com a aprovação automática nas escolas da rede municipal de ensino.
  • Recuperar e conservar a pavimentação das ruas.
  • Adotar o projeto Cidade Limpa, de São Paulo, para limitar a publicidade nas ruas.
  • Criar um gabinete integrado contra a dengue e um plano emergencial de combate ao mosquito. Contratar, logo, 1.850 agentes de saúde para isso. Postos de saúde e todas as unidades de saúde poderão fazer exame de sangue para diagnosticar a doença.
  • Substituir os pardais por lombadas eletrônicas, visíveis. Sincronizar os sinais de trânsito.
  • Criar corredores iluminados nas áreas que concentram bares e restaurantes, como a Lapa. A Guarda Municipal combaterá os flanelinhas.
  • Iluminar adequadamente as ruas, em particular os acessos aos corredores de transporte público, aos pontos de ônibus e às estações de trem e metrô.
  • Criar um mergulhão sob a linha do trem de Madureira.
  • Criar uma Secretaria de Ordem Pública, para o ordenamento e o combate a pequenos delitos. No início, vai priorizar a Tijuca.
  • Criar um programa de reciclagem de lixo.
  • Recuperar as praias da Baía de Sepetiba, e as lagoas da Barra e de Jacarepaguá. Dragar os canais. Retomar o projeto Guardiões dos Rios, que contrata mão-de-obra comunitária para atuar na limpeza dos rios da cidade.
  • Não aumentar o IPTU. Engordar a receita por meio da base de arrecadação. / Implantar a nota fiscal eletrônica, que permite acompanhar on line a emissão de comprovantes que geram arrecadação de ISS. O sistema é um meio de aumentar a arrecadação sem subir impostos.
  • Criar um sistema de acompanhamento orçamentário municipal pela sociedade. Discutir o orçamento cidadão, uma versão do orçamento participativo.
  • Melhorar o Hospital de Acari e o Paulino Werneck (com obras começando em 2009), aumentar o atendimento do Salgado Filho e do PAM do Méier, além de reequipar todos os hospitais municipais, contratando mais médicos e enfermeiros.
  • Aumentar a rede de creches, triplicando o número de vagas. Oferecer 160 mil vagas nas pré-escolas, colocando todas as crianças de 4 e 5 anos.
  • Ampliar os Pousos para fiscalizar construção em favelas. "Não vou permitir novas ocupações".
  • Implantar o bilhete único, que permite ao usuário pegar mais de uma condução pagando só uma tarifa. Mas o sistema terá de se sustentar sozinho. "Não vou subsidiar empresas de ônibus".
  • Licitar as cerca de 400 linhas de ônibus do município e reorganizar o sistema.
  • Construir 40 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) 24 horas, com cinco milhões de atendimento por ano, retirando das filas dos hospitais 20 mil pessoas/dia. Méier e Madureira ganharão as primeiras UPAs.
  • Ajudar o estado a implantar a linha 4 do metrô, da Barra a Botafogo (orçada em R$ 1,2 bilhão). Ajudar o estado a implantar o novo trajeto da linha 2 do metrô, para evitar baldeação no Estácio.
  • Criar um calendário cultural, tendo, a cada mês, 12 grandes eventos.
  • Ampliar o PAC das Favelas nos grandes complexos, como Lins e Penha.
  • Ampliar o programa Bairro Bacana em parceria com o governo do estado, priorizando áreas com alto índice de crimes de rua.
  • Continuar o Favela-Bairro, com adaptações para retomar a concepção original.
  • Levar saneamento básico a 100% da Zona Oeste em parceria com o governo do estado.
Será que ele é capaz? Temos que cobrar, pelo menos, que ele tente. E também fazer a nossa parte, que é respeitar a cidade e as decisões do governo (respeitar não é concordar) e discutir tais decisões.

Mas se você é do tipo que elege "heróis", basta cruzar os braços e ficar resmungando na fila do ônibus que os políticos são ladrões, corruptos, etc., a sua parte no processo já acabou! P
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