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26 de setembro de 2008
O valor do voto no Brasil
Parte 2
O valor do voto no Brasil
Parte 2
Já investigamos aqui o valor do voto na ótica de quem vota. Vamos verificar agora qual é o valor do seu voto para o candidato. Vamos fazer a análise com base nas mesmas matérias analisadas anteriormente. Pela ordem, vamos começar com o valor estatístico do voto.

Estatisticamente falando, o valor de cada voto depende do cargo que o candidato está pleiteando. Se só há uma ou três vagas para o cargo (casos de Presidente da República, Governador do Estado, Prefeito municipal e Senador da República) o voto para um candidato vale tanto quanto para outro, independente de qualquer coisa. Se há mais de três vagas (todos os outros cargos), aí o valor de um voto depende de com quem o candidato tem andado... Depende de quão popular é o seu partido. Ainda assim, o voto para um vale o mesmo que o voto para outro candidato do mesmo partido. E nesse ponto, a conta complica, porque ao mesmo tempo que o valor de um voto para o candidato do partido mais popular aumenta, esse mesmo valor pode diminuir se muitos candidatos se canditatarem por esse partido (e isso é o que mais acontece – você já percebeu quantos amigos o Lula tem?).

Do ponto de vista intelectual, não há muita variação no valor do voto. O candidato intelectualmente desenvolvido concorre em igualdade de condições com os mais retardados. Infelizmente, ultimamente temos observado uma profusão de candidatos esdrúxulos (para não usar termo pior), como bem nos mostra o Youtube fazendo cair o valor do voto sob qualquer ponto de vista. Por falar nisso, o Kibeloco tem feito uma bela cobertura das eleições em 2008.

O valor ideológico de cada voto que se recebe também pode variar muito. Depende da ideologia do candidato. Se ele tem uma, vale algo, se não tem nenhuma, não vale. Pura lógica.

Agora chegamos aos termos práticos. Do ponto de vista dos candidatos, o valor de cada voto na relação custo/benefício é sempre alto, ou seja, o custo é sempre baixo diante dos ganhos que pode gerar se eleito. A primeira razão para isso é que normalmente o candidato não investe recursos próprios. Sendo eleito ou não, no fim, não é ele que paga a conta. Se o candidato é da situação, ainda há a possibilidade de se valer do dinheiro do próprio eleitor (e contribuinte). Segundo: o que são algumas centenas de milhares de reais diante da possibilidade de suprir as necessidades desse povo tão sofrido e de promover o desenvolvimento da nação? E, por fim, seja qual for o investimento, quatro anos recebendo salários exorbitantes sem cobrança nem preocupação o cobrem com folga (sem contar o que se ganha "por fora").

Mas para garantir esse ganho, há que se avaliar bem o valor de barganha de cada voto conquistado. Como vimos no artigo anterior, o candidato pode simplesmente distribuir algumas centenas de pares de sapato ou ameaçar seus eleitores. Ele também pode apenas prometer (e não necessariamente cumprir) alguns "favores" em troca de patrocínio para incutir as mensagens subliminares que compõem as propagandas eleitorais. Mas em última análise, isso é sempre uma aposta (igual aos mercados financeiros, às bolsas de valores, às corridas de cavalo e ao jogo do bicho), o valor é estimado já que não se pode garantir que os votos a serem recebidos serão suficientes para eleger o candidato.

Já fizemos uma análise relativamente profunda do valor do voto de cada um. Agora estamos prontos para exercer nosso direito/obrigação cívica de dar um rumo para nossa vida em sociedade. (eu não acredito em nenhuma das palavras dessa última frase) P
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