<$BlogMetaData$/>
Peixe na rede Busca:
Arquivos:  Creative Commons LicenseEsta obra está licenciada sob uma
Licença Creative Commons
e tem alguns direitos reservados.
14 de maio de 2008
Respeitem o índio
Respeitem o índio
Por Gen Ex GILBERTO BARBOSA DE FIGUEIREDO, Presidente do Clube Militar.

Apreensivo e perplexo, tenho acompanhado uma perversa campanha encetada por algumas organizações que exploram nossos índios, querendo fazer crer que o Exército está contra eles ou que o Exército usa de discriminação no trato com o indígena.

O próprio Presidente da República, sem falar especificamente em nomes, em despropositado pronunciamento feito recentemente, deu a entender que pensa dessa forma. Deixando de lado a tolice histórica de que o índio defendia o Brasil quando ainda não havia Exército, resta, ainda, um reparo importante ao que afirmou. Ninguém do Exército – e muito menos o Comandante Militar da Amazônia – afirmou que o índio em si é problema para a segurança do país.

Problema é a demarcação de uma vasta área contínua, sobre a fronteira, em que brasileiros comuns não podem ter acesso – estou falando sobre um sem número de brasileiros que vivem há décadas na região e não sobre meia dúzia de fazendeiros, como alguns querem fazer crer. Problema é a existência de ONGs de duvidosa idoneidade, agindo livremente em território nacional e influenciando índios. Problema é a existência dessas imensas áreas, juntamente com o fato de o Brasil ter assinado a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Problema é a FUNAI pretender dar tratamento igual a índios em níveis de aculturação absolutamente desiguais. Problema é criar reservas imensas para depois abandonar os índios à própria sorte. Problema é ignorar a vontade de grande parte dos índios que habitam a região de Raposa Serra do Sol, que não querem a demarcação de forma contínua. Problema é o singular senso de justiça empregado pelo governo que prende quem foi invadido e nada faz em relação a quem planejou a invasão. Problema é inviabilizar um estado da Federação.

Historicamente, o Exército jamais hostilizou o nativo. O Serviço de Proteção ao Índio, antecessor da atual FUNAI, teve como seu primeiro presidente um militar – Marechal Rondon, verdadeiro símbolo na defesa do índio brasileiro. Nas refregas entre espanhóis e portugueses no processo de estabelecimento de fronteiras esses últimos, muitas vezes, contaram com preciosa ajuda de índios. Na Batalha de Guararapes, considerada o marco da formação do Exército Brasileiro, Felipe Camarão, um índio, é reverenciado como um de seus heróis. As escolas de formação de oficiais e sargentos estão abertas para brasileiros de qualquer grupo étnico, sendo a seleção para ingresso exclusivamente pelo mérito. E assim o Exército pôde contar em seus quadros com homens da envergadura de um Rondon, descendente direto de índios.

Tem razão o Presidente quando afirma que a maior parte do efetivo do Exército na Amazônia é formada por índios. E isso é motivo de orgulho para toda a Instituição. Orgulho, junto com a certeza de que esse fato gera a existência de um excepcional combatente de selva, à disposição da Força Terrestre, naquela área estratégica.

Como se vê, não há o menor sentido em alguém pretender apresentar o Exército como inimigo do índio. Entende-se que tal campanha é desencadeada com o único propósito de tentar influenciar o Supremo Tribunal Federal, no momento em que aquela Alta Corte está por decidir sobre a forma como deve ser demarcada a Reserva Raposa Serra do Sol. Como também visam ao mesmo propósito as invasões desencadeadas na região, quando a intervenção do STF deveria sugerir uma trégua entre as partes em disputa. Invasão, diga-se a propósito, que suscita as perguntas: Quem insuflou os índios para a invasão? Quem proporcionou apoio logístico aos invasores? Por que tanta ansiedade na exclusão de brasileiros não índios daquela área – por sinal uma terra extremamente rica em recursos minerais?

Parece bastante óbvio que estão pretendendo usar os índios para fins suspeitos. Antes de tudo, é preciso respeitá-los. Aliás, como o Exército sempre os respeitou.
____________
Este texto esclarece bem a situação comentada no último artigo. P
topo megafone carta clip lapis
Gostou do que leu? Salve e compartilhe.
Delicious Add Reddit Add to diigo Add StumbleUpon Add Google Technorati this blog
Página desenvolvida e mantida por
Márcio Vinícius Pinheiro.
Esta página é melhor visualizada com resolução de tela de 1024x768. Recomenda-se também a utilização navegadores que respeitam as normas do W3C, como o Mozilla Firefox e o Ópera.
Esta página é apenas uma pequena amostra do Peixena rede. Visite a página principal e encontre muito mais.
Se não encontrou o que queria, vá para página principal ou use o campo de busca no alto da tela.

PNR desde 2005