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20 de abril de 2008
Preconceito, racismo, discriminação e segregação
Preconceito, racismo, discriminação e segregação
Que o brasileiro sempre foi racista e preconceituoso, nunca ninguém pôde negar. Basta ver o repertório que o humor popular apresenta de "piadas de preto" e de loiras. Isso é uma herança cultural que dificilmente vamos apagar. Além do "natural", branco com preconceitos em relação a negros e de negros contra brancos, há casos de negros que apresentam traços racistas contra os próprios negros! Esse é só um exemplo, imagina se juntarmos nessa mistura os "pardos", os "índios" e os "amarelos" (para ficarmos apenas na simplificação censitária do IBGE). Sinceramente, acredito que isso seja uma característica humana, originada do simples fato de não sermos todos iguais e da não aceitação desse fato (simplificando o que já foi discutido aqui antes).

Isso tudo não é nenhuma novidade para ninguém. O que se apresenta como novidade são as políticas discriminatórias e mais recentemente segregacionais praticadas pelo atual governo federal. Em nome de uma suposta "justiça social" (seja lá o que isso signifique), tem se tornado comum leis discriminatórias, principalmente relacionadas a cotas raciais. Essa política de cotas raciais (ou seriam "racistas"?) já seria temerária se bem implementada (com todo o estudo e cuidado que uma política como essa exige), imagina se feita da forma irresponsável e leviana como tem sido feita. Como se pode criar leis de cotas raciais em concursos públicos se o 5o artigo da Constituição Federal garante que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza"? Como pode o governo federal criar leis discriminatórias se o 3o artigo da Constituição determina como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, entre outros, "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação"(inciso IV)?

Mais recentemente o governo foi além, ao demarcar metade do estado de Roraima como reserva indígena, sobre a qual "brancos", "negros", "pardos" e "amarelos" passam a não ter qualquer direito. Ou seja, metade do território do Roraima pertence à União, mas esta não exerce qualquer autonomia sobre esta área, seja através do governo federal, seja através do governo estadual. Essa autonomia está nas mãos de um determinado grupo racial, pondo em xeque a autonomia do Roraima como um todo e como estado da federação (já que metade de seu território não pertence ao estado).

Toda essa situação é mais ou menos prevista na Constituição Federal de 1988. O capítulo VIII da Constituição é todo dedicado aos índios, entretanto é vago e subjetivo. Na verdade o que chama a atenção é o caráter "separatista" (na falta de expressão melhor) com que a constituição se refere aos índios, tratando-os como um povo e uma cultura a parte dos demais brasileiros, como se eles próprios não fossem brasileiros. Os índios são tratados e "gerenciados" como povos estrangeiros dentro do Brasil. Isso, aliás, só agrava mais ainda a infeliz decisão de nosso líder Lula de demarcar como indígena um território contínuo que ocupa metade de um estado inteiro numa área de fronteira. Essa é uma atitude no mínimo imprudente. Ao ser alertado (também de maneira imprudente) por um de seus mais respeitados e graduados generais, Lula ao invés de ouvi-lo, decide pedir explicações, como que para punir o general. Chega a me dar medo (para não dizer desespero) a atitude do presidente. Não digo mais nada a esse respeito leia a opinião de um dos leitores de O Globo (cidadão brasileiro como eu e você que pode ser branco, preto, índio, pardo ou amarelo).

Com essa história só queria chamar a atenção para o fato de que o Brasil tem evoluído... A princípio, éramos um povo racista e preconceituoso, como os E.U.A., embora sem o vigor com que essa ideologia é praticada lá; hoje estamos criando leis discrimitatórias e segregacionistas dignas (talvez a exemplo) do apartheid, que aconteceu na África do Sul entre 1948 e 1990; talvez em breve, sejamos uma nova Iuguslávia, repartida em diversos pequenos países baseados na raça que povoa cada território. Não acho que chegaremos a tanto, provavelmente teremos movimentos como os acontecidos nos E.U.A. nas décadas de 60 e 70. Mas Isso é uma teoria válida de um leigo que por enquanto apenas tem observado os acontecimentos. P
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