2 viagens a São Paulo depois, cá estou eu de volta. Dessa vez, encontrei algo que São Paulo tem de pior que o Rio de Janeiro (além das óbvias
já citadas antes): aeroporto. O Aeroporto Internacional de Congonhas é hoje o maior da América Latina (em quantidade de passageiros), mas será que ele pode. A pior coisa que alguém pode fazer é querer ser mais do que pode... Infelizmente temos que admitir, o aeroporto de Congonhas não tem capacidade de servir a todos os passageiros que se dispõe a servir.
Saio do Galeão, e depois de uma viagem tranqüila, acordo com uma freada que de tão brusca alguns passageiros batem nas poltronas da frente e objetos (entre eles bagagens de mão) saem voando. Motivo: pista curta e esforço do piloto para evitar que o avião corra risco de cair na Avenida Washington Luís. Mas, o pior é ter que descer do avião e entrar em um ônibus lotado para chegar ao terminal. O cara paga passagem de avião para andar em ônibus lotado?! Eu pelo menos fui sentado. Como não costumo viajar de avião (muito menos para São Paulo), tive que descobrir na hora e sozinho onde buscar minha bagagem naquele mundo de gente. Não tinha nada nem ninguém para dar uma orientaçãozinha.
Na volta, depois de esperar – sentado no chão – um atraso de 2 horas devido a "excesso de tráfego aéreo", lá vou eu para o ônibus lotado (já conhecedor, me posicionei bem para mais uma vez ir sentado) para chegar ao avião. Viagem tranqüila e pouso tranqüilo no Rio de Janeiro (sem freadas). O avião estaciona e bem no terminal e não preciso de informação nenhuma para achar minha bagagem (a galera já chega no lugar exato). É uma pena, um aeroporto tão bom e tão grande para tão pouco movimento no Rio e um aeroporto tão ruim e tão pequeno para dezenas de milhares de passageiros ao ano em São Paulo.
P.S. 1: Essa viagem foi antes dessa greve velada dos controladores de vôo (para mim isso, só pode se greve. Não há razões para as coisas se descontrolarem de uma hora para outra. Infelizmente é preciso as pessoas sofrerem para as autoridades fazerem alguma coisa).
P.S. 2: Tanto ida como volta foram pela
GOL e, a julgar pelo estado das poltronas do avião da volta, os controladores de vôo devem ter mesmo razão em reclamar. A minha bandejinha para o lanchinho estava colada com esparadrapo (isso mesmo, esparadrapo!) e eu não pude usá-la. E a poltrona da minha frente (em que estava colado o esparadrapo) estava solta, não sei como a senhora que estava naquela poltrona aceitou viajar naquilo.
P.S. 3: A única coisa que aconteceu no meu coração ao cruzar a Avenida Ipiranga e a Avenida São João pela primeira vez foi uma ligeira aceleração de batimentos por receio de ser assaltado ou coisa do gênero. Caetano Veloso que me desculpe, mas aquela esquina à noite não tem nada de poético.