No Brasil comemora-se qualquer coisa. Hoje, por exemplo, é o Dia Nacional do Fusca. O Fusca é até hoje o carro mais vendido no mundo, 21 milhões deles já foram vendidos, o que prova que o consumidor no mundo inteiro não é lá muito exigente. É lógico que ele tem seus pontos positivos. É um automóvel resistente, de fácil manutenção (qualquer coisa simples demais tem fácil manutenção), era barato... que mais?... sei lá. Na década de 30, quando ele foi criado, era um carro muito moderno, rápido e bonito. Peraí, bonito?
Ele é tão bonito, que em todos os países em que foi vendido (quase todos os países existentes e não mais existentes no mundo) ele recebeu um apelido carinhoso. "Fusca" ou fuque ou fuca no Brasil (o que significa isso?!);
Kugelporsche (Porsche-bola) na Alemanha; Carocha em Portugal;
Kodok (sapo) nas Filipinas; além de "corcunda", "bolha", "besouro", "tartaruga", "pulga" e "barata" em diversos países. Em países em que se fala suaíli, como Quênia, Uganda e Congo, há duas formas de se referir ao VW Sedan:
Mgongo wa Chura e
Mwendo wa Kobe que significam respectivamente "costas de sapo" e "velocidade de tartaruga".
Definitivamente, não sei como o Fusca pôde ser vendido até 2003 (e até hoje tem gente que compra usado). O painel da fotografia ao alto é do modelo de 1969, mas não difere muito do último modelo fabricado no México. O chamado "New Beattle", aquele fusca moderno, é um fracasso de vendas (principalmente se comparado ao fusca), justamente porque não tem o maior atrativo do antigo besouro, o preço baixo. Depois, querem me convencer de que o capitalismo traz desenvolvimento tecnológico.