Eu não lembro desde quando exatamente eu não acredito mais em Papai Noel. Eu sou o filho caçula e desde pequeno vejo a lenda do Papai Noel ser desafiada. Meu irmão era daquelas crianças que sempre puxam a barba do Papai Noel e, por conta disso, desde cedo vi diversos falsos Papais Noéis (como se existisse algum verdadeiro :-D) serem desmascarados. Se me lembro bem, havia uma época em que eu fingia acreditar em Papai Noel para garantir os presentes de Natal. Isso ocorreu até que me dei conta de que não precisava dessa cretinice para ganhar presentes (havia meios mais honrados para isso).
O que sempre derrubou a lenda de Papai Noel (pelo menos para mim) foi a seguinte questão: Como é que um sujeito poderia entregar presentes para todas as crianças do mundo em tão pouco tempo? Principalmente sendo um sujeito idoso e gordo, cavalgando renas?! Bom, a história é tão inverossímil que, na verdade existe uma série de outras questões que derrubam a lenda...
Mas eu me fazia estes questionamentos quando eu tinha 4 ou 5 anos de idade... Teria sido muito mais fácil chegar à conclusão de Papai Noel não existe se eu tivesse tido ajuda profissional. Agora essa ajuda existe! Uma empresa de consultoria em engenharia e tecnologia ambiental sueca, a
SWECO, fez um estudo interessante, digno do prêmio
Ignobil. Admitindo que Papai Noel teria que fazer 24 bilhões de entregas em apenas 48 horas (tempo que duraria o dia 25 de dezembro para um observador girando no sentido oposto ao da rotação da Terra), ele teria 34 ms para cada parada (estacionar o trenó, descer pela chaminé, deixar os presentes, subir pela chaminé e seguir viagem). Isso carregando toneladas de presentes a 5.800 km/s! O tal estudo fez até sugestões para melhorar a logística do serviço. Para as entregas serem mais eficientes o local ideal de partida do Papai Noel, considerando questões físicas, ambientais e econômicas, deveria ser o Quirguistão, mas especificamente a 40,40°N de latitude e 74,24°E de longitude.
Era só o que faltava... Mais falta do que fazer do que eles têm, tenho eu, que estou comentando essa história absurda! A história completa está na
própria página da tal empresa em inglês, ou,
em português, no site G1. Agora imagina a cena abaixo...