Acabou o Pan e a conclusão geral a que se chega é de que, apesar de toda a torcida contra de metade da população do Rio, o evento foi um sucesso. O trânsito fluiu bem (eu não moro na Barra e não pego as Linhas Amarela e Vermelha), não houve problemas de violência (os bandidos estavam assistindo aos jogos e a polícia deu uma trégua), o buraco da Cedae foi tapado (só não sei até quando).
As lições foram dadas, se resta saber se foram aprendidas. Só ficam as questões de sempre:
- Temos agora alguns dos melhores parques esportivos do mundo (segundo os atletas que participaram do Pan). O que será feito deles agora? Vão ser bem mantidos, ou continuaremos a ser o país SÓ do futebol?
O Estádio Olímpico já está sendo cedido a um clube de futebol. Será que ele será utilizado para atletismo?
- As melhorias na cidade que viriam junto com os jogos e não puderam ser feitas por falta de tempo serão mesmo realizadas?
- O investimento de R$3,5 bilhões e meio será revertido em benefícios para quem realmente patrocinou os jogos, o povo? Ou será diluído repartido por empresas e pessoas escolhidas por baixo dos panos?
Já tem gente fazendo as contas, mas eu quero saber o que eu - que não sou dono de hotel, guia turístico, dono de banco ou de empresa de material esportivo - vou ganhar com isso. Vamos esperar os próximos orçamentos municipal e estadual.
Eu sou pessimista, admito. E não sou o único [
1][
2] (na verdade sou pouco pessimista perto desses). Não acho que as coisas vão mudar muito. De bom mesmo, só o fato de o péssimo presidente Lula ter sido vaiado mais uma vez. E o melhor, dessa vez o César Maia também foi.