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13 de maio de 2007
Capa de Os lusíadasAmanhã, dia 14 de maio de 2007, o Real Gabinete Português de Leitura comemora 170 anos de existência. Para isso, inaugurará em sua sede uma exposição com entrada franca contando sua história através de fotografias, documentos e itens históricos.

Fundado 15 anos após a independência do Brasil por 43 portugueses refugiados da monarquia portuguesa, só recebeu o título de "real" em 1906 pelo rei Carlos. Desde 1935, um decreto português obriga editores lusitanos cederem um exemplar de cada livro impresso à Biblioteca Nacional de Lisboa e esta que envie essas publicações para o Rio de Janeiro, mantendo o acervo do Real Gabinete sempre atualizado e fazendo de sua biblioteca a que tem a maior coleção de obras portuguesas fora de Portugal (trata-se de um acervo totalmente informatizado com cerca de 350.000 volumes).

Como se não bastasse toda a riqueza intangível de seu acervo, o Real Gabinete tem como sede desde 1887 um belíssimo edifício em estilo neo-manuelino, cuja pedra fundamental foi lançada por D. Pedro II em 1880. Projetado pelo arquiteto português Rafael da Silva e Castro, o edifício que evoca a arquitetura gótica do século XV (época das grandes navegações) e é adornado externamente por 4 estátuas e 4 medalhões trabalhados por Germano José Salles em Lisboa e trazidas ao Rio por navio. As estátuas — retratando Infante de Sagres (1394-1460)figura chave para o início da epopéia portuguesa das grandes navegações, Pedro Álvares Cabral (1467?-1526?)responsável pela maior descoberta e símbolo do início das relações luso-brasileiras, Vasco da Gama (1469-1524)descobridor da rota para as Índias e, portanto, um dos principais heróis das grandes navegações portuguesas, senão o maior e Luís de Camões (1524?-1580)famigerado escritor, relator das grandes navegações — fazem alusão à epopéia e à expansão marítima portuguesa. Os medalhões — que retratam Fernão Lopes (1380?-1359)cronista real de D. Duarte, D. Pedro I (o português, não o Imperador do Brasil), D. Fernando e D. João I, Gil Vicente (1465-1536?)primeiro grande dramaturgo português, Almeida Garret (1799-1854)escritor, dramaturgo, orador, ministro e secretário de Estado, uma das principais figuras do romantismo português e Alexandre Herculano (1810-1877)escritor, historiador, jornalista e poeta português tendo dado em narrativas históricas suas principais contribuições à literatura portuguesa — enumera os nomes mais ilustres da literatura portuguesa até então.

O interior segue o estilo neo-manuelino, com mobiliário primoroso em madeira nobre, lustres e candelabros belíssimos. Destaca-se, no Salão de Leitura, o Altar da Pátria, monumento de 1,7 m de altura feito em prata, marfim e mármore, e a clarabóia em estrutura de ferro, primeira desse tipo no Brasil.

Ou seja, só pela arquitetura do edifício já vale a visita à rua Luís de Camões, número 30 no Centro do Rio (pertinho da Praça Tiradentes). A chance de ver um exemplar da primeira edição de Os Lusíadas (de 1572) na exposição que se inicia amanhã é só mais um atrativo ;-) P
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