A caminho do centro da cidade, em um engarrafamento absurdo — mas comum — ao som de motores, buzinas e xingamentos, ao odor de fumaça de diesel queimado e cigarros de fumantes ignorantes, adentra ao 266 mais um vendedor ambulante (camelô) esbarrando e batendo seus doces nos passageiros mais desvalidos. Logo, ele pára diante da roleta (atrapalhando a passagem de outros passageiros que entraram no mesmo ponto que ele) e inicia seu discurso (absurdo, mas comum):
— Primeiramente, bom dia. Desculpe atrapalhar o silêncio e a tranqüilidade da sua viagem...
Imediatamente, eis que alguém grita lá do fundo do ônibus:
— 'Tá desculpado! Agora cala a boca!