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7 de setembro de 2006
Liberdade, abre as asas sobre nós!
Liberdade, abre as asas sobre nós!
Regozijai-vos, ó irmãos, filhos da mãe gentil sob o pavilhão verde-louro! Hoje podemos comemorar mais um ano de liberdade em relação às mãos opressoras de quem nos explorou por mais de 320 anos! Espera aí! Quem mesmo nos explorou? Os portugueses? ah... sim, os portugueses... quando o Brasil era sua colônia e eles vinham aqui, tiravam o que queriam e não davam nenhuma satisfação... Eram os portugueses que faziam isso, é? Realmente, desde 1822, eles não fazem mais, mas daí a nos considerarmos livre, vai uma distância enorme.

Primeiro, vamos tentar definir quem é que está livre e independente: o Brasil ou sua população. O Brasil, todos nós sabemos (pelo menos os que foram à escola - sem considerar as escolas da Rosinha Garotinho), nunca foi independente de ninguém. Depois de 7 de setembro de 1822, passou a ser mais ou menos livre, mas independente, nem politicamente foi. A coisa já começou errada: a independência brasileira foi determinada, através de atos políticos (sim, já naquela época o Brasil demonstrava sua vocação para esse tipo de artimanha), por um sujeito que fundou a primeira e única monarquia absolutista da América, um tipo de regime em plena decadência em todo o mundo ocidental. Como se isso já não bastasse, esse sujeito era ninguém menos que o herdeiro da Coroa de quem ele acabara de livrar o Brasil. Ou seja, mais cedo ou mais tarde, poderia reunir o Reino de Portugal com o Império do Brasil quando recebesse a coroa portuguesa (o que de fato ocorreu em 1826, mas ele mesmo desistiu da idéia de unir as coroas e uma semana depois de ser aclamado rei de Portugal abdicou em favor de sua filha). Depois disso, o Brasil se tornou dependente da Inglaterra, dos Estados Unidos e de outros.

Bem, o Brasil não é tão livre, então essa história de liberdade e independência deve ser referir ao povo brasileiro. Humm... Acho que não... A coisa já começou errada: diferentemente de o que ocorreu com outras nações, a independência do Brasil não foi protagonizada pelo povo. O povo foi enrolado por atos políticos e desistiu de fazer uma revolução. Na verdade, a independência do Brasil foi feita para defender o interesse de poucos (sim já naquela época, era isso que movia o Brasil), que passaram a mandar no povo da mesma forma como os portugueses faziam. A verdade é que o povo brasileiro não era unido o suficiente para se organizar. Se o povo tivesse conduzido a independência, talvez hoje o Brasil fosse vários países pequenos ou talvez uma enorme nação de cidadãos realmente livres (o que era bem menos provável).

Observe que separei as coisas: uma é o Brasil, país e Estado e outra é o povo, população que vive nesse país. O país é o território organizado em um Estado e deveria abranger também uma nação. Mas o povo brasileiro não constitui uma nação. Eu entendo por "nação" um grupo de indivíduos unidos por um passado comum, por interesses comuns, por ideais comuns e por objetivos comuns. Infelizmente, o povo brasileiro não forma uma nação, mas sim várias. Não temos passado comum (os passados dos negros, dos indígenas, dos imigrantes, dos luso-descendentes são diferentes por terem pontos de vista diferentes), não temos ideais comuns (mal temos ideais), e não temos objetivos comuns (na verdade, só temos objetivos individuais). O Brasil tem várias nações que vivem mais ou menos pacificamente juntas (não unidas): nação de judeus, de negros, de evangélicos, de empresários, nação rubro-negra, etc. Não adianta reclamar dos políticos, historicamente o povo brasileiro, com democracia ou sem democracia, não manda em seu destino. E enquanto suas várias nações não se tornarem uma, vamos continuar patrocinando Lulas (e seus colegas ladrões e incompetentes, que ele cisma em não ver - e ainda acha que está tudo bem), FHCs (e seus colegas vendidos aos empresários amadores do Brasil), ACMs e tantos outros...

Para inspirar a "nação brasileira", vamos ouvir alguns candidatos a ídolo brasileiro cantando o hino nacional.



Tudo bem, vamos dar uma colher de chá... metade da população brasileira mal sabe ler, que dirá cantar alguma coisa. E está certo, nem eu nem você sabe direito a letra desse hino. E para desfazer possíveis enganos, o título desse artigo não é um trecho de um samba da Imperatriz Leopoldinense, nem do Hino da Independência, é do Hino da Proclamação da República. O Hino da Independência é aquele que começa com "Japonês tem quatro filhos..." P
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