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3 de junho de 2006
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
Hoje saiu no caderno de literatura - "Prosa & Verso" - do jornal O Globo uma reportagem sobre o poeta português Fernando Pessoa. Eu tenho que admitir que tenho uma certa admiração por esse cara. Mas essa admiração é muito pouco sobre sua obra propriamente dita (até porque conheço pouco dela), e muito mais pela personalidade. A personalidade de Fernando Pessoa e de seu heterônimo Alberto Caeiro. Aliás, não se trata exatamente de admiração, mas sim de uma identificação. É isso: eu me identifico com Fernando Pessoa. Eu poderia dizer que Fernando Pessoa é uma espécie de messias do anarco-punk-budismo (Se você não sabe o que é isso, antes de continuar leia meu perfil filosófico-religioso no painel laranja da minha exposição virtual - o link está abaixo da minha foto). Isso porque comecei a desenvolver a filosofia antes mesmo de conhecer algo sobre ele, mas alguns de seus pontos de vista são idênticos aos meus.

Dou dois exemplos que se lê na reportagem de O Globo mesmo. Ele diz "O que Deus fez oculto (se é que Deus fez algo oculto), é para se conservar oculto. Se não, ele o teria feito claro." Em outras palavras (as minhas palavras), para que se meter a tentar entender algo que não se pode entender?! Eu iria além, se Deus tudo pode (pelo menos o Deus cristão é assim), por que diabos um reles mortal acha que pode descobrir algo que o próprio Deus fez oculto? Daí pode-se pensar que qualquer "descoberta" de coisas ocultas por Deus é pura bravata. Para encerrar o assunto mesmo só mesmo citando Alberto Caeiro, em "O guardador de rebanhos":

"Pensar em Deus é desobedecer a Deus,
Porque Deus quis que o não conhecêssemos,
Por isso se nos não mostrou...
"

O outro exemplo: "Mas eu não tenho princípios. Hoje defendo uma coisa, amanhã, outra. Mas não creio no que defendo hoje, nem terei fé no que defenderei amanhã". Esse é um princípio anarco-punk-bustista básico (se é que dá para se falar em princípios depois disso). Se eu não posso ter certeza das coisas, haverá sempre a possibilidade de eu mudar de opinião, e mesmo enquanto sou partidário de determinada opinião não posso crer nela plenamente. Sei que ele não escreveu isso seguindo esse raciocínio à risca, mas sim com o intuito de confundir mesmo, de gerar a controvérsia. Isso, aliás, é fundamental no anarco-punk-budismo, já que este prega o questionamento (e sem controvérsia, não há questionamento).

Para ser sincero eu nunca estudei Fernando Pessoa a fundo, é possível que eu ainda encontre muita coisa nele que simplesmente nada tem a ver com meu pensamento, mas nas linhas gerais o pensamento dele é certamente muito semelhante ao meu. Já o pensamento de Alberto Caeiro seria o anarco-punk-budismo extremado, o que vai de encontro à própria filosofia, uma vez que para isso seriam necessárias muitas certezas (não posso afirmar como Alberto Caeiro que Deus não existe).

Quer saber mais sobre Fernando Pessoa? Um bom começo é a Wikipédia... Outra opção é ler o livro que paga a reportagem de O Globo, o recém lançado "Escritos autobiográficos, automáticos, e de reflexão pessoal" da Editora Girafa. P
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