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11 de outubro de 2005
Não e acabou! - Parte 2
Não e acabou! - Parte 2
É triste ver que gastam nosso tempo e nosso dinheiro com essas campanhas inúteis. A campanha do sim fala muito em direito à vida. Ninguém pode negar que esse é um direito que qualquer pessoa tem a partir do momento em que nasce. Mas para garantir o "direito à vida", eles querem privar as pessoas de exercerem seu direito de defenderem as próprias vidas contra indivíduos que exercem (e que continuarão exercendo) o direito de ameaçá-las. A campanha do sim mostra muitas estatísticas sobre mortes com armas de fogo. É claro, no Brasil morrem por ano muito mais pessoas assassinadas do que tem morrido no Iraque em guerra, por exemplo. Eles fazem parecer que essas mortes são devido a acidentes domésticos ou crimes passionais, mas nas estatísticas que mostram estão também computadas todas as mortes da guerra do tráfico (que vai continuar acontecendo mesmo se o sim ganhar o referendo e com mais uma motivação: além da disputa por pontos de venda de drogas, vão disputar também pontos de venda de armas).

Eles gostam de usar números a seu favor. Eles mostram os números "inegáveis" e depois dão a sua própria interpretação. O Globo, que junto com o resto das Organizações Globo está claramente a favor do sim, publicou uma pesquisa comprovando que mais de 80% (não lembro ao certo, chutei) das armas apreendidas pela polícia foram adquiridas originalmente de forma legal, reforçando a idéia de que grande parte da violência advém dos cidadãos de bem que compram armas sem saber usá-las. Eles só esquecem de dizer que a esmagadora maioria das armas que a polícia apreende saíram das mãos de pivetes, batedores de carteira, e outros criminosos menores. A maior parte das armas - exatamente a parte que nunca foi comprada legalmente - continua sendo utilizada, pois ainda estão nas mãos dos grandes traficantes, e, por isso, não puderam ser computadas nas estatísticas.

Outra ferramenta do sim, é mostrar a história triste de pessoas que perderam parentes e amigos vítimas de armas de fogo. Eu já perdi um grande amigo meu assim e não me deixo misturar as coisas. Sei que é triste, mas sei também que proibir as armas não é a solução (e muito menos vai trazer meu amigo de volta).

A campanha do 1 (não) também é muito fraca. Vem cheia de discurso contra o governo, fala muito em liberdade e se desvia um pouco do foco. Para mim, parece campanha do PSTU, parece um pouco radical e causa uma certa aversão ao cidadão brasileiro comum. Tem até gente que, negligenciando totalmente a lógica, associa o discurso da campanha do não a discursos pré-ditaduras... Cuidado, a "frente do não" quer apenas manter as coisas como já estão. Quem quer mudanças (o que geralmente busca uma ditadura) é a "frente do sim", que tem muito mais representantes do atual governo (que é de esquerda, e muito mais chegado a revoluções). Se alguma coisa aí pode cheirar a golpe, é a campanha do sim, que pretende tirar as defesas da população. Todos seriam desarmados, exceto quem detém o poder, e é muito mais fácil uma ditadura se estabelecer se não houver ninguém armado para confrontá-la. Não acho que é o caso (embora não possa descartar a hipótese), e não acho que daria certo. Certamente a bandidagem não concordaria, e seria ela a resistência, justamente a parte mais bem armada da sociedade e que está à margem da decisão do referendo.

Agora eu só tenho a fazer um apelo: Pelo amor de Deus (se que você tem um), ignore essas campanhas. Siga a sua consciência.

Ah! Só para registrar: a campanha do TSE é absolutamente dispensável... Muito pouco informativa (até mesmo por falta do que informar), é um desperdício de dinheiro público. P
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