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12 de outubro de 2005
Frank O. Gehry e Os Simpsons
Frank O. Gehry e Os Simpsons

No último domingo, passou na Fox o episódio "O dedo duro" de Os Simpsons. Hilário como sempre, esse episódio da melhor série de TV americana dos últimos 17 anos tinha como participação especial o arquiteto americano Frank O. Gehry. Todos os episódios de Os Simpsons têm na verdade duas histórias. A introdução de cada episódio é uma historinha à parte quase independente que vai dar a deixa para o início do enredo principal. Na introdução de "O dedo duro", Marge Simpson manda uma carta para Frank Gehry lhe pedindo para projetar uma grande sala de espetáculos para Springfield. A cena é hilária: Gehry abre a porta de sua linda casa (a da foto aí em cima), pega, lê, desdenha e amassa a carta para em seguida jogá-la no chão. Depois ele olha para a carta amassada e tem uma visão: a Grande Casa de espetáculos de Springfield. A grande obra de arte do arquiteto é inspirada em uma bola de papel amassado. Não sei se é realmente assim o seu processo criativo, mas que parece que é, parece.

Para quem não sabe, Frank O. Gehry é o arquiteto que projetou e construiu o Guggenheim de Bilbao (o da figura abaixo). Ele é o maior ícone do desconstrutivismo, sua obra é composta por edifícios "disformes" que não se parecem com nada visto antes. Por um lado, é interessante, por outro, entretanto, traz uma sensação negativa. O ser humano precisa de referências para entender as coisas e, por conseguinte, para gostar das coisas. Quanto mais se dificulta a relação de algo com alguma referência conhecida, mais difícil será entender esse algo.

Eu sinceramente não gosto (de uma maneira geral) da obra de Gehry. Eu jamais moraria em uma casa como a dele e acho pavoroso o museu de Bilbao (não gosto de nada muito metálico ou brilhoso). Isso é uma questão de gosto, eu acho quase todos (tem uns que se salvam) os projetos dele muito feios. Eu gosto do novo, mas na maioria das vezes ele exagera. O que eu não posso negar é a sua genialidade. Deve ser muito difícil, por exemplo, colocar um programa complexo como o do Guggenheim naquela forma absolutamente abstrata. Não foi à-toa que, em 1989, ele ganhou o Pritzker.

Só para registro: a Grande Sala de Espetáculos de Springfield acabou se transformando na Prisão Estadual do Sr. Burns. P

P.S. A foto do alto deste post é da Biblioteca da Universidade de Yale.
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