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20 de junho de 2005
Star wars - Trilogia
Star wars - Trilogia
Em meus constantes passeios pela Internet, encontrei o blog Pensamentos Simples. Li justo um post chamado Star Wars. Nele, a autora destaca o seguinte diálogo do Episódio III de Star Wars (esse que está no cinema), na cena em que Anakin Skywalker (já no lado negro da força) enfrenta seu mestre Obi-Wan Kenobi:

AS - Se você não está comigo, você é meu inimigo!
OWK - Somente um Sith seria tão radical.

Ela faz um paralelo entre a fala de Anakin e o discurso de George W. Bush pós-11/setembro. Quando vi o filme (antes de achar o Pensamento Simples), na mesma hora achei que George Lucas considerava seu xará um sith.

***

Recentemente comprei os DVDs da primeira trilogia de Star Wars (IV, V e VI). Algumas modificações sobre as versões originais e sobre as versões de 1997 passaram batidas. O barato mesmo é o DVD de extras que vem junto. Apesar de ser todo feito de forma a endeusar George Lucas ('tá bom, 'tá bom, ele tem seus méritos...), os documentários são muito legais. Mostram os motivos pelos quais os filmes foram feitos e os meios com que eles foram feitos. É sempre muito legal ver como foram as gravações e a produção de grandes filmes, principalmente de filmes revolucionários.

O mais legal, entretanto, foi ver a diferença entre as temáticas - como direi? - filosóficas das duas trilogias. Logo no início do primeiro filme, Lucas faz questão de nos colocar o mais alheios possível da história. Com a célebre introdução "Há muito tempo atrás, em uma galáxia muito, muito distante...", ele recusa qualquer relação entre Star Wars e a nossa realidade - não é nosso futuro, não é nem em nossa galáxia. (de quebra recusa também o rótulo de filme futurista) Apesar disso, há uma estreita relação entre cada trilogia e a época em que foram produzidas.

Na década de 70, época da primeira trilogia, George Lucas era jovem, idealista e americano. Naquela época, era muito claro para os americanos quem era o bem (capitalistas/EUA) e quem era o mal (comunistas/URSS). Ele queria fazer uma espécie de conto de fadas moderno com heróis e vilões. Como naquela época também os heróis não eram muito politicamente corretos (rock stars, hippies, punks e outras espécies esquisitas), um dos heróis de seu conto (Han Solo), o que vai ficar com a princesa no final, não é nenhum exemplo de moralidade.

Na segunda trilogia (episódios I, II e II - a partir de 1999), não há um conceito muito explícito de bem e mal. O herói dessa trilogia é o vilão supremo da outra. Os espectadores não sabem ao certo para quem torcer. É tudo muito confuso, muito político. E de repente, quando o mal finalmente começa a se definir no filme, o vilão me vem com essa: "Se você não está comigo, você é meu inimigo!". Está certo que isso é um grande clichê, mas não dá para não lembrar Bush, tentando angariar aliados, dizendo para o mundo ou - por que não dizer? - para a galáxia: "Se você não está comigo, você está contra mim!". Com isso, Lucas acaba trazendo para a nossa realidade o questionamento sobre o que realmente e o bem e o mal.

P.S.
Tenho que admitir que depois de assistir os episódios I, II e III e de rever os episódios IV, V e VI, eu fiquei com pena do Darth Vader. (obviamente sem nenhuma relação ou semelhança com Bush)
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