**Esse post é para quem já viu todos os filmes da saga de
Star Wars (ou pra quem não pretende assistir)**
No último fim-de-semana fui ver (mais uma vez na seção da manhã no Cinemark Downtown) o
Episódio 3 da primeira (ou será que eu deveria dizer segunda) trilogia de
Guerra nas Estrelas (Star Wars: Episode III - Revange of the sith). Eu
gostei muito do filme, mas, pra ser sincero, devo dizer que não me trouxe
nada de novo. O filme é tudo aquilo que a
propaganda promete. Todos já sabiam que o herói iria para o lado negro da força, que o chanceler Palpatine (não lembro bem o nome) iria se voltar contra a democracia e que a rainha Amidala teria um casal de gêmeos: (princesa) Leia e Luke. A única coisa que ainda me prendia no cinema (além do preço exorbitante do ingresso) era a
curiosidade de saber como
exatamente aquele garotinho tão bonitinho e bonzinho do episódio 1 se tornaria o perverso
Darth Vader do episódio 4 e como diabos o clã dos
Jedi, tão bem dotados, tão estruturados, se reduziria a apenas dois gatos pingados.
Os
finais dos filmes de Guerras nas Estrelas são sempre
inusitados (em relação aos demais filmes no mundo). Vamos fazer uma rápida análise. O
episódio 4, tem um final mais ou menos
normal. Tem um
final feliz, mas os heróis do filme não saem vencedores (mais ou menos como em
Rocky). Segundo a
lenda, George Lucas já tinha em mente toda a trilogia, mas não tinha certeza se poderia fazer os outros dois filmes. Por isso, deu um final para
o filme, mas não para
a história. Já no
episódio 5, George Lucas sabia que faria o episódio seguinte, por isso nem se deu o trabalho de dar um fim para o filme, o filme acaba de repente. O
episódio 6 é o
único com final mesmo. E é um final feliz. Mas eu acho que na dúvida, Lucas deixou uma desculpa para que viessem novos episódios depois desse. O
Episódio 1 tentou seguir o mesmo padrão do episódio 4, só que por motivos diferentes. Tem um final feliz, mas a história tinha que continuar. O
episódio 2 assim como o 5, não tem final, é apenas uma ligação entre o 1 e o 3.
O final do
episódio 3 é o que mais me instigou. O filme tinha que encaixar no começo da outra trilogia. Isso significa que o filme não poderia ter um final feliz, já que no início do episódio 4 o
lado negro da força estava dominando a galáxia. E realmente não teve. E o mais
legal é que é um final triste que deixou todo mundo (os espectadores)
satisfeito.
Na época que anunciaram, que fariam outra trilogia (episódios 1,2 e 3), falaram que só não a fizeram antes da primeira (4, 5 e 6), porque
não havia tecnologia suficiente para produzí-la. Eu duvido muito. Na verdade acho que George Lucas teve a idéia de contar o início, depois do sucesso do final. De qualquer forma, eu acho que só fez tanto sucesso, porque foi contada
de traz pra frente. Imagina: que graça teria o episódio 6, se todos já
soubessem que Darth Vader era o pai de Luke? Onde estaria o romance (ou o triângulo amoroso) do episódio 4 se todos soubessem
de ante-mão que Luke era irmão de Leia (ia parecer novela da Globo)? Qual seria a graça de assistir uma história em que o mal vence no final (seria uma surpresa
desagradável para os desavisados)? Na verdade, a trilogia dos episódios 1, 2 e 3 não teria a menor graça se já não conhecêssemos os personagens, não teria apelo (como teve a
revolucionária trilogia dos episódios 4, 5 e 6). Seria apenas mais uma história banal no cinema.
Vou terminar igual aos episódios 2 e 5,
de repente. Para mais informações, curiosidades e downloads sugiro duas páginas a
oficial e o hotsite de Star Wars no
AdoroCinema.com.