Ontem assisti no
Canal Futura o filme
Anel de fogo (
Ring of Fire). Três
delinqüentes juvenis (na década de 60 era comum isso, não?) acostumados com
pequenos delitos, de repente se vêem
seqüestrando um
policial e sendo perseguidos por toda a polícia do Oregon. O filme escrito e dirigido por Andrew L. Stone em 1961 não é lá grande coisa. O que me atrai a esse tipo de filme é a
curiosidade de ver como era vida, os costumes e cultura n
aquela época. Há uma enorme diferença entre a criminalidade americana de 1961 e a de 2005. Há também uma enorme diferença na
forma como o cinema
mostra essa criminalidade... Na verdade é difícil identificar até que ponto a forma de mostrar
influencia na minha capacidade de ver o que difere a criminalidade daquela época da de hoje.
O programa em que o assisti (Cine Conhecimento) entretanto, dá destaque aos riscos de incêndios nas matas nos comentários da apresentadora Giovana Antonelli. É certo que um acidente desse tipo domina metade do filme, mas não é o foco do filme (é apenas um artifício para criar os heróis do filme). O pior é o
carater didático dos comentários. Aliás, esse é um dos piores
defeitos do Futura: é didático demais. E usa uma didática
chata,
pouco eficiente. Quando lançaram o Futura eu me animei, imaginando que seria uma espécie de
TV Cultura com a
qualidade técnica emprestada da
Rede Globo. Me enganei, eles acham que falar a língua do povo e
se aproximar dele é colocar astros e estrelas de novelas para apresentar os programas. O problema todo é
a linguagem. As pessoas em casa não querem assistir televisão sentindo-se dentro de uma sala de aula. Canais de TV educativos devem educar e ensinar
sem que seus espectadores sintam que estão sendo educados e informados... Isso tem que vir em forma de diversão e passatempo. Nesse ramo, a TV Cultura ainda
dá show nos outros canais.