No fim de semana passado, assisti na
TNT meio a contragosto a um
filme policial... Meio a contragosto, porque além de ser um filme policial (não é um gênero de que gosto muito), ele parecia ser um filme de
tribunal e eu odeio filmes de tribunal. Entretanto, o filme em si se mostrou
interessante.
"
O advogado dos cinco crimes" (A Murder of Crows) é um filme escrito e dirigido por Rowdy Herrington de 1999, produzido pela Sterling Entertainment e distribuído no Brasil pelo
Grupo Playarte. Nele,
Cuba Gooding Jr. é o
advogado renegado Lawson Russell, que decide escrever um livro, mas acaba publicando o livro escrito por um cara que ele acabara de conhecer e que acabara de morrer. O livro faz muito sucesso, mas nem tudo são flores na vida dos famosos escritores de
best-sellers. Ele acaba virando um
foragido da polícia (mais especificamente do detetive Clifford Dubose, interpretado por
Tom Berenger). Bom,... eu não pretendo aqui descrever o filme, nem comentá-lo. Apenas recomendo que o assista se puder.
"Por que diabos então citei esse filme?" você perguntaria. Esse filme traz à vista uma
crítica muito interessante
sobre os advogados. Na verdade, achei interessante, pois há muito
compartilho dessa crítica. Você
confia em advogados? Eu conheço alguns, sou
amigo de alguns, sei que um dia
vou precisar de um, mas
não confio neles. Não enquanto advogados. Como confiar em pessoas capazes de
defender criminosos mesmo sabendo que realmente são os culpados? Como confiar em pessoas que
levantam suspeitas sobre outros com argumentos sabidamente
falhos e em alguns casos
mentirosos? E por que fazem isso? Por dinheiro. Por
dinheiro! Para mim isso é uma espécie de
prostituição moral. Eles
vendem seus ideais, sua moral por um pouco (redução de modéstia) de dinheiro.
Sei que tem gente que faz coisas muito
piores por dinheiro e que são justamente advogados que
condenam essa gente. Concordo que todas as pessoas tem
direito de se defender de acusações. Mesmo o mais vil dos seres. Mas não serei eu que vou defendê-lo. E
não posso concordar que outras pessoas o façam. Para mim,
advogados que defendem (
acobertam) criminosos confessos, são
cúmplices deles.
Infelizmente, não posso ignorar a
necessidade de advogados (como especialistas em direito). Isso, porque até a mais
óbvia teoria pode estar
equivocada. E a vítima (o acusado) precisa na maioria dos casos de
assessoria de um especialista. Aliás, uma outra (vamos dizer assim) "lição" do filme é justamente essa: Mesmo a mais óbvia das hipóteses pode estar errada. Mesmo a mais improvável das possibilidades é possível.
Não acredite em nada do que vê e em nada do que ouve.